Empossado para o biênio 2025–2027, o ministro Edson Fachin assume a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) em um dos períodos mais delicados da história recente do Judiciário.
Com uma pauta marcada por temas de grande impacto político e social — como os julgamentos sobre a “uberização” das relações de trabalho, as emendas parlamentares e os atos de 8 de janeiro de 2023 —, o novo presidente terá o desafio de conduzir o Supremo em meio à polarização e às pressões institucionais.
Além das questões internas, Fachin também enfrenta um cenário internacional sensível: as sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos a autoridades brasileiras, incluindo ministros da Corte, colocam o STF no centro de uma crise diplomática inédita.
Para Leonardo Briganti, sócio fundador do Briganti Advogados, Fachin assume o comando do Supremo em um momento de tensão e necessidade de recompor a confiança pública no Judiciário.
“Procedente ou não, é constante a discussão sobre limitações às decisões monocráticas, excessos de competência e até sobre as sanções que ministros vêm sofrendo por iniciativa de países estrangeiros. Nesse contexto, o maior desafio do ministro será compatibilizar seu perfil discreto com a necessidade de convencer seus pares a se afastarem da cena política e concentrarem o debate nos autos”, observa Briganti.
Com perfil técnico e postura ponderada, Fachin busca promover diálogo entre os Poderes, reduzir a exposição da Corte e reafirmar o papel institucional do Supremo como guardião da Constituição — em um momento em que a previsibilidade jurídica e a estabilidade democrática são essenciais para o país.
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